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Resenha: A Hora do Lobisomem de Stephen King

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Sinopse:
   Algo inumano chegou a Tarker's Mills, tão sorrateiro quanto à lua no céu noturno... É o lobisomem, e não há nenhuma razão a mais para sua chegada do que haveria para o surgimento do câncer ou de um psicótico com crimes em mente, ou um furacão assassino. Seu tempo é agora, seu lugar é aqui... O ciclo do lobisomem começou. 

Opinião:
   Em 1979 Stephen King participava da Convenção Mundial de Fantasia, na qual concorria o World Fantasy Award nas categorias de melhor livro e melhor antologia com A Dança da Morte e Sombras da Noite, quando um editor lhe propôs um desafio inusitado, escrever uma "história-calendário" cuja trama se desenvolvesse através de doze capítulos no espaço de um ano, o plano original era que cada 'mês' fosse composto por no máximo quinhentas palavras que juntas no final formariam o Calendário do Horror de Stephen King. A ideia foi bem recebida por King que viu a oportunidade para escrever sobre lobisomens,  tema que não lhe saía da cabeça, porém logo percebeu que precisaria de mais palavras para contar  sua estória do que o estipulado, o que fez com que o projeto não fosse adiante. Mas a narrativa não foi abandonada, adquirindo vida própria acabou se transformando em uma pequena novela. Surgia assim Cycle of the Werewolf, A Hora do Lobisomem.
   Tarker's Millsé uma pacata cidadezinha do interior do Maine, assim como sua vizinha Chester´s Mills era até ser envolvida por uma estranha redoma anos depois, na qual todos se conhecem e forasteiros não são bem recebidos. Seria o lugar perfeito para se morar se não fosse por um pequeno detalhe, há um lobisomem à solta. Cada mês, na noite de lua cheia, o monstro faz uma vítima. King descreve com selvageria os ataques da fera, os primeiros meses são dedicados a cenas de violentas que mostram a ferocidade com que o monstro acomete suas vítimas, em uma batalha feroz pela sobrevivência com metáforas poéticas para decapitações, desmembramentos e canibalismo. Os moradores da cidade ficam amedrontados com os cruéis assassinatos, porém o senso comum se nega a acreditar que uma criatura sobrenatural seja responsável por tais horrores. A última esperança é um menino de onze anos preso a uma cadeira de rodas, o único a acreditar no lobisomem. 
   A Hora do Lobisomemé um livro pequeno, pouco mais de 100 páginas, seu diferencial está nas ilustrações internas feitas por Bernie Wrightson, responsável também pela arte das edições americanas de A Dança da Morte, Creepshow e Torre Negra V: Lobos de Calla. Destaque  especial para a cena que ilustra a capa e uma das mais icônicas escritas por Stephen King, ao lado talvez da descoberta de um olho no cérebro do protagonista de A Metade Negra, que é a congregação inteira de uma igreja transformando-se em lobisomem. A narração de King é completamente diferente de seus outros trabalhos, com objetividade a trama flui suavemente de um mês para outro, conseguindo manter a estória coesa e o leitor interessado. No Brasil a obra está em estado de raridade, com uma única publicação pela Editora L&PM em 1987, sem previsão de relançamento próximo. 


Nota: ☠☠☠☠☠☠☠☠☠ (9/10 Caveiras)

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